João Brigatti chegou ao Paysandu em um momento que parecia que o time brigaria apenas pela permanência na Série C. Mas, na última sexta-feira, chegou à quarta vitória em cinco jogos, alcançou a primeira meta do clube e permaneceu invicto no cargo. O momento, agora, é de vislumbrar com mais materialidade o acesso, já que a sequência positiva garantiu o Alviceleste na segunda fase com uma rodada de antecedência.

– A nossa equipe tem mostrado, dentro de campo, que está honrando a camisa do Paysandu com uma sequência de vitórias muito boa, uma sequência de resultados fantástica que reverteu uma situação dentro da tabela de quase disputar para não cair – exaltou o técnico.

A classificação é a primeira meta a ser cumprida. Temos que ter os pés no chão. A vitória foi muito difícil frente ao Botafogo-PB, uma equipe que a gente já sabia das dificuldades que ia encontrar. Não é porque nós vencemos que temos que vir só falar coisas boas aqui, temos que fazer uma análise muito forte em cima desse jogo”

Mesmo vencendo por 1 a 0 o Botafogo-PB, no Mangueirão, a equipe alviceleste sofreu no segundo tempo. Levou pressão e quase levou o empate nos minutos finais. Brigatti elogiou o time paraibano, mas reconheceu que o ideal é não permitir ser tão acuado pelo adversário.

– O primeiro tempo do Paysandu foi muito bom, poderíamos ter matado a partida, principalmente nos contra-ataques. A equipe se comportou bem, com um ataque muito leve. No segundo tempo não poderia ser diferente. O Botafogo-PB, disputando para não cair, tem um elenco muito qualificado que não mostra essa qualidade na tabela de classificação. Nos exigiu demais, criaram situações em que a gente ficou acuado atrás, não conseguimos sair nem fazer a transição para poder matar a partida, mas dou os parabéns para o nosso setor defensivo. Soubemos sofrer. Estão todos de parabéns, mas lógico que a gente sempre precisa manter o nível do primeiro tempo – ponderou.

A formação inicial para a partida surpreendeu. Com Juninho e Luiz Felipe indisponíveis, o treinador optou por uma escalação titular com quatro atacantes, apesar de ter Alex Maranhão relacionado.

– Tivemos muitas dificuldades. O nosso extracampo tem alguns atletas que poderiam ter uma formação totalmente diferente hoje, mas mostra, por outro lado, a força do nosso elenco. Quem entrou se doou ao máximo, deu a vida para conseguir essa vitória. […] Nossa equipe está de parabéns pelo espírito guerreiro. É isso que a torcida quer! A gente vai sempre em busca da vitória e, para ganhar da gente, pode ter certeza que vai ter que suar sangue. O Paysandu está nessa toada, nesse momento muito bom dentro da competição. Estão todos de parabéns, mas temos que fazer uma análise muito profunda – salientou.

Jefinho estreou entrando no segundo tempo — Foto: Jorge Luiz/Paysandu

O duelo do sábado passado também marcou a estreia do atacante Jefinho, anunciado durante a semana após passagem pelo Operário-PR. Mesmo com pouco tempo em campo, o jogador conseguiu algumas finalizações e sofreu pela falta de entrosamento. Brigatti projeta que o jogador ainda poderá ser decisivo para o Papão.

– O Jefinho é um excelente jogador, foi um achado do nosso executivo Felipe, juntamente com a nossa diretoria, o presidente Ricardo e o Maurício [vice]. Foi um achado dentro da Série B. Ele estava no Operário-PR e não seria utilizado. É um atleta que tem um mercado muito grande, o Paysandu se adiantou e conseguiu trazer. Vai nos ajudar demais porque é um goleador. Entrou, comportou-se muito bem e ajudou também na marcação. Lógico que falta uma aclimatação a Belém, mas nós temos mais uma semana para poder trabalhar e ele se adaptar, que será muito útil ao Paysandu.

O próximo compromisso do Papão é o clássico com o Remo, pela 18ª rodada da Série C. As duas equipes estão garantidas no quadrangular do acesso, mas falta a definição dos grupos da segunda fase. O Re-Pa será no sábado que vem, às 17h, no Mangueirão.

Fonte: G1
Foto: Jorge Luiz/Paysandu