A Polícia Federal investiga cinco presentes dos Emirados Árabes Unidos recebidos por Jair Bolsonaro (PL). Além das joias, o ex-presidente ainda teria ficado com um relógio de mesa cravejado de pedras preciosas, um incensário e três esculturas — uma delas de ouro, prata e diamantes. As informações são do jornal O Globo.
PF pediu mais informações sobre presentes incorporados ao acervo pessoal de Bolsonaro. Os cinco itens na mira da corporação são um relógio de mesa com diamantes, esmeraldas e rubis; três esculturas e um incensário de madeira dourada.
O ex-presidente recebeu os objetos em duas viagens ao país árabe, uma em outubro de 2019 e outra, em novembro de 2021. A Presidência não registrou o valor dos itens.
As peças estão guardadas na fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, em Brasília. Bolsonaro enviou nove mil presentes que recebeu enquanto era presidente para um galpão no local.
A investigação acontece após descoberta de joias. Em março, a defesa do ex-presidente devolveu dois conjuntos de joias presenteados pela Arábia Saudita por recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União).
A PF investiga se Bolsonaro cometeu peculato, ao tentar desviar bens públicos para patrimônio privado, e crime contra a ordem tributária. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.
Autoridades só podem ficar com presentes de baixo valor monetário ou “uso personalíssimo”, de acordo com a Corte. Demais itens devem ser incorporados ao acervo da Presidência, e podem ser usados pelos sucessores enquanto ocuparem o cargo.
A defesa do ex-presidente nega qualquer irregularidade. Em nota enviada ao jornal O Globo, os advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser disseram que o TCU não indicou “os referidos itens, que, como sempre, estiveram à disposição”.
Fonte: UOL Política
Foto: Reprodução/Jornal O Globo
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