Um ataque contra tropas de Israel matou 21 soldados em uma explosão na Faixa de Gaza, na última segunda-feira (22).

Reservistas israelenses se preparavam para explodir dois edifícios no centro da Faixa de Gaza, quando foram surpreendidos por um militante do Hamas que disparou uma granada lançada por foguete, em um tanque de guerra próximo.

O impacto acionou os explosivos dos prédios, o fez com que as construções de dois andares desabassem sobre os soldados que estavam lá dentro.

O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu prometeu seguir em frente até que o país acabe com o grupo terrorista Hamas e conquiste a liberdade de mais de 100 reféns mantidos em cárcere na região.

Nas redes sociais, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, classificou como uma “manhã difícil e dolorosa”, mas que Israel está determinado em seguir em frente.

“Esta guerra determinará o futuro de Israel nas próximas décadas, e a queda dos soldados é um requisito para atingir os objetivos da guerra”, afirmou, Gallant.

 

Pressão para cessar-fogo

Cidadãos israelenses têm se dividido entre os que acreditam que é possível destruir o Hamas, com aqueles que sentem que é uma guerra sem fim, o que tem feito pressão ao governo de Israel para suspender as investidas militares.

Além disso, em conjunto com as famílias dos reféns, israelenses apelam para que o estado chegue a um acordo de cessar-fogo, afirmando que o tempo para resgatar as pessoas sob posse do Hamas está se esgotando.

Também na última segunda-feira, dezenas de familiares dos sequestrados invadiram uma reunião de uma comissão parlamentar, exigindo uma negociação para a libertação de seus parentes.

Até o momento, a guerra já fez com que quase 85% da população de Gaza se deslocasse para outros locais.

Mais de 25 mil palestinos foram mortos, segundo autoridades de saúde ligadas ao Hamas.

De acordo com a Nações Unidas, mais de 500 mil habitantes de Gaza estão enfrentando a fome, o que desencadeou em um desastre humanitário.

 

Por Derick Toda/SBT News
Foto: Reprodução