A revanche entre o atual presidente Joe Biden e o ex Donald Trump está encaminhada para as eleições presidenciais de 2024 após a vitória dos dois nas primárias de New Hampshire, nos Estados Unidos, nessa terça-feira (23).

Pelo lado republicano, com 54,9%, Trump recebeu 160 mil votos, 34 mil a mais que sua principal concorrente pelo partido, a ex-embaixadora da ONU Nikki Haley. O governador da Flórida e ex-candidato, Ron DeSantis, desistiu no começo da semana e declarou apoio a Trump.

Até a última atualização da reportagem, 90% dos votos foram apurados.

Já pelos democratas, Biden não encontrou candidato que o impedisse e superou, simbolicamente, o deputado Dean Phillips, de Minnesota, e a escritora Marienne Williamson. Democratas do estado resistiram à organização das primárias, proposta defendida por Biden, que colocou a Carolina do Sul na frente da corrida eleitoral.

Vale lembrar que as eleições americanas acontecem de maneira indireta. Nas prévias, os eleitores, em suas legendas, votam em seu pré-candidato, o que promove o número de delegados proporcional ao estado. Os delegados são comprometidos a validar a escolha dos eleitores na eleição final.

Depois do avanço de Trump, em New Hampshire, o republicano preferiu não comemorar sua vitória e escolheu atacar Haley que, mesmo na segunda posição, optou por manter as prévias até o fim.

“Este não é o típico discurso de vitória, mas não vamos permitir que alguém obtenha uma vitória quando teve uma noite muito má”, disse Trump, queixando-se de que Haley ficou em terceiro lugar em Iowa e em segundo agora “e ainda está por aí”, concluiu.

Por fim, o ex-presidente ainda disse: “Eu não fico muito bravo. Eu me vinguei”.

Por outro lado, Haley parabenizou Trump pelo triunfo, afirmando: “Ele mereceu isso e quero reconhecer isso”.

Biden afirmou que estes resultados deixam claro que ele vai enfrentar seu antigo rival de 2020 e que a disputa pela presidência dos Estados Unidos só está começando.

“Minha mensagem ao país é que o que está em jogo não poderia ser maior”, disse Biden. “Nossa democracia. As nossas liberdades pessoais desde o direito de escolha ao direito de voto. A nossa economia, que registrou a recuperação mais forte do mundo desde a Covid. Todos estão em jogo.”

 

Por Derick Toda/SBT News
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