Forças americanas destruíram neste sábado um míssil antinavio dos rebeldes houthis, no Iêmen, que estava pronto para ser disparado. A ação ocorre horas depois do grupo apoiado pelo Irã ter reivindicado um ataque a um navio petroleiro britânico, no Golfo de Aden, que acabou pegando fogo.

O Comando Central dos Estados Unidos na região (Centcom) anunciou que executou um ataque neste sábado contra “um míssil antinavio direcionado para o Mar Vermelho e que estava pronto para o lançamento”.

“As forças bombardearam e destruíram o míssil em legítima defesa”, acrescentou o Centcom na rede social X.

Horas antes, os houthis, que controlam Sanaa, capital iemenita, afirmaram que dispararam “mísseis” contra um “petroleiro britânico, o Marlin Luanda”. O navio sofreu um incêndio.

O “Marlin Luanda” operava em nome do Trafigura Group, que afirmou neste sábado em um comunicado que não foram registradas vítimas. O incêndio foi totalmente extinto, e o navio segue agora para um porto seguro, informou a imprensa britânica.

O porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Saree, afirmou em um comunicado que o ataque foi executado em solidariedade ao povo palestino e “em resposta à agressão britânica e americana contra nosso país”.

A empresa de risco marítimo Ambrey já havia informado que um navio comercial havia sido atingido por um míssil na costa do Iêmen, o que provocou um incêndio a bordo.

O Centcom confirmou o ataque e afirmou que “o navio emitiu um pedido de socorro e relatou danos. O USS Carney e outros navios da coalizão (internacional no Mar Vermelho) responderam e prestaram assistência. Não foram relatados feridos”.

O canal de televisão huthi ‘Al Masirah’ informou neste sábado que Estados Unidos e Reino Unido executaram ataques aéreos contra o porto de Ras Isa, na província de Hodeida, que abriga o principal terminal de exportação de petróleo do país.

Desde novembro, os houthis atacam o que consideram navios vinculados a interesses israelenses no Mar Vermelho, em solidariedade com os palestinos de Gaza.

A campanha de ataques prejudicou o tráfego marítimo e levou Estados Unidos e Reino Unido a efetuar ataques de represália. Desde então, os houthis anunciaram que os interesses das duas potências também são alvos legítimos.

 

Fonte: Agência O Globo
Foto: Mohammed Huwais/AFP