O Campeonato Paraense mal começou e já começaram a surgir inúmeros problemas relacionados à condição de alguns estádios.
Logo após a primeira rodada, Hélio dos Anjos disparou: “Desculpa, mas tem condições de jogar? Alguém olha para o campo de Bragança, como nós olhamos o jogo que teve lá [Bragantino x Tapajós] e fala que é um campo que tem condições de jogar?”, questionou, sabendo que o Papão terá um compromisso no mesmo estádio nesta quarta-feira. Após o duelo na Arena Verde, o Águia pode sofrer uma baixa no time, graças à entorse sofrida pelo lateral Bruno Limão, que se machucou ao cair em um buraco na grama.
Diante dos problemas precoces, o Núcleo de Esportes de O Liberal procurou o presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, para questionar quais medidas poderiam ser tomadas. Segundo o presidente, o primeiro passo é admitir o problema, que ele classificou como “estrutural” e que precisa ser combatido com seriedade, sem o risco de tornar o Parazão uma competição inviável.
“É um problema que tem que ser levado a sério e para o qual vamos buscar a melhor solução. Penso que seja ter um projeto de licenciamento, que estamos defendendo há algum tempo, para licenciar e classificar os gramados nos níveis A, B e C. No A você pode jogar o estadual, colocando eles nas fases finais e eliminatórias; os estádios de nível B, que você pode usar no estadual, mas só na fase classificatória, e o C, que não pode receber jogo. Mas se colocarmos agora, isso inviabiliza o campeonato”, comenta.
Confira imagens dos jogos disputados no estádio Diogão e Arena Verde:
Gluck Paul usou como exemplo a situação dos dois clubes de Santarém, que não podem jogar na cidade, graças às obras no estádio do município. “Existem clubes impedidos de jogar nas suas sedes, contra a vontade deles. O São Francisco está mandando os jogos no Souza, que tem muitos problemas estruturais, inclusive no gramado. O Tapajós manda os seus em Paragominas, que também tem problemas históricos. Agora, eu consigo responsabilizar esses dois clubes por não terem acesso aos estádios das cidades deles? Não é simples”, garante.
Por fim, o dirigente reforçou que entende a dimensão do problema e, por conta disso, vem apoiando a decisão dos clubes que desejam alterar os locais dos jogos, para minimizar ao máximo os riscos, sem comprometer a realização da competição. “A FPF prestigia a decisão dos clubes. Discutimos isso em Congresso Técnico, colocamos que esses acordos vão funcionar, pois o que é bom para eles é bom para a FPF. Em muitos momentos isso faz todo sentido. Se o próprio clube entende que uma partida precisa mudar de lugar, que seja feita a mudança. Em alguns momentos críticos chegamos a vetar estádios, mas é quando se chega num momento muito crítico”, encerra.
Fonte: O Liberal
Foto: Filipe bispo
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