A Polícia Federal negou uma nova lista de autoridades que estariam sendo monitoradas ilegalmente pela Agência Brasileira de Investigação (Abin) durante o comando do ex-diretor, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), no governo Bolsonaro.

De acordo com comunicado de sexta-feira (2), investigadores dizem ainda apurar nomes ligados ao monitoramento pelo programa First Mile. Uma operação analisa se telefones foram grampeados de maneira ilegal pela agência.

Por meio de nota, a PF aponta não haver informações conclusivas de autoridades. A posição veio após divulgação de novos nomes que teriam sido monitorados, como de parlamentares ligados à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além da situação envolvendo nova lista, inquérito da PF ao Supremo, ao qual o SBT News teve acesso, aponta a indicação de que o ministro Alexandre de Moraes e outros desafetos políticos, como o ex-deputado federal Rodrigo Maia (PSDB-RJ) e a ex-deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP), podem ter sido monitorados. À época, Maia era presidente da Câmara dos Deputados.

As apurações ligadas à “Abin paralela” seguem em investigação pela PF. O caso avalia se a agência de investigação usou sistemas para casos pessoais de interesse do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de filhos do mandatário. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi alvo de operação e prestará depoimento. A família tem negado qualquer envolvimento ilegal.

 

Fonte: SBT News
Foto: Reprodução