O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, nesse domingo (4), que o país não está pronto para aceitar um acordo com o Hamas para libertar os reféns mantidos pelo governo extremista na Faixa de Gaza. Segundo ele, todas as negociações são analisadas pelo governo e o país não irá concordar com acordos “a qualquer preço”.
O acordo em questão está sendo debatido há semanas por autoridades de Estados Unidos, Israel, Catar, Egito e Hamas. Nele, ambas as partes concordariam em parar os combates em Gaza por seis semanas iniciais para a libertação dos reféns capturados pelo Hamas em 7 de outubro. Em troca, Israel liberaria prisioneiros palestinos.
Os termos são similares ao primeiro acordo de cessar-fogo, em 24 de novembro de 2023. No período, além da troca de prisioneiros, houve a entrada de um maior número de comboios de ajuda humanitária em Gaza – principal palco dos conflitos. Até o momento, a região contabiliza 27 mil mortos, 66 mil feridos e 7 mil desaparecidos.
Apesar da resistência de Netanyahu, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, viajará à Arábia Saudita para mediar as negociações entre Israel e Hamas. A expectativa, segundo a Casa Branca, é que Blinken pressione o governo de Netanyahu a diminuir os ataques para permitir a entrada de mais comida, água e remédios em Gaza.
Por Camila Stucaluc/SBT News
Foto: Reprodução
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