O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou a retirada total de palestinos de Rafah. A cidade, no extremo sul da Faixa de Gaza, é o último refúgio de civis que tentam escapar dos bombardeios.

O principal foco de Israel, por enquanto, é a cidade de Khan Younis, onde o exército apreendeu armas e encontrou túneis usados pelo Hamas. Neste lugar, teriam ficado alguns dos mais de 100 reféns ainda em poder do grupo.

Israel pretende fazer o mesmo em Rafah, no extremo sul do território. Agora, até os Estados Unidos mudaram um pouco o tom. Joe Biden classificou as ações israelenses como “exageradas”.

“Tem muita gente inocente passando fome, morrendo. Isso tem que parar”, disse o presidente do país que mais apoia Israel nessa guerra.

Kate Forbes, presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha, afirmou que, em 43 anos de trabalho, nunca viu uma crise humanitária tão grande.

Mesmo com a pressão internacional, inclusive dos aliados norte-americanos, Netanyahu confirmou nesta sexta-feira (9) que seu exército vai avançar sobre Rafah e que a cidade deverá ser esvaziada.

Os críticos dessa decisão argumentam que não há condições de retirar tantas pessoas daquela região. São mais de um milhão, praticamente metade da população da Faixa de Gaza.

Rafah tinha pouco mais de 150 mil habitantes antes da guerra, mas virou um refúgio pra quem foi obrigado a sair de outras partes de Gaza.

 

Fonte: SBT News
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