O exército de Israel conduziu uma operação na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, na madrugada desta segunda-feira (12). Segundo os militares, a ação resultou na libertação de dois reféns israelenses de 60 e 70 anos. Ambos foram capturados pelo Hamas no dia 7 de outubro de 2023, quando o grupo extremista atacou um festival de música no país.
De acordo com autoridades de saúde da Palestina, a operação matou pelo menos 67 pessoas, incluindo mulheres e crianças.
“Durante uma operação conjunta entre as Forças de Defesa de Israel e a Polícia de Israel em Rafah, dois reféns israelenses do Kibutz Nir Yitzhak foram resgatados: Fernando Simon Marman (60) e Louis Har (70). Ambos estão em boas condições médicas e foram transferidos para exames médicos adicionais em Israel”, informou o exército israelense.
Essa é a primeira operação terrestre de Israel em Rafah durante a guerra. Até então, as forças militares estavam fazendo apenas ataques aéreos, dos quais resultaram na morte de mais de 40 pessoas. A ofensiva no local é criticada por organizações internacionais, uma vez que a região é o último refúgio dos palestinos, abrigando cerca de 1,5 milhão de pessoas.
O avanço das tropas também não é bem visto por líderes internacionais. No domingo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, principal aliado de Israel, afirmou que o exército não deve prosseguir com a operação em Rafah sem ter um plano “credível e executável” para garantir a segurança dos civis. A afirmação já havia sido feita por outras autoridades do governo, que alertaram para um “desastre” caso a ofensiva não seja planejada.
Por Camila Stucaluc/SBT News
Foto: Reprodução
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