A Coreia do Norte disparou novos mísseis de cruzeiro nesta quarta-feira (14), concluindo o sexto teste balístico realizado apenas em 2024. Os lançamentos foram detectados por autoridades da Coreia do Sul, que apontaram que os mísseis foram disparados da cidade de Wonsan, no leste do país. A quantidade de projéteis não foi informada.

“O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul detectou vários mísseis de cruzeiro desconhecidos nas águas a nordeste de Wonsan. Nossos militares aumentaram a vigilância e estão trabalhando em estreita colaboração com nossos parceiros dos Estados Unidos e monitorando de perto os sinais de novas atividades da Coreia do Norte”, diz o comunicado.

Os mísseis de cruzeiro estão entre os principais armamentos desenvolvidos pelo governo norte-coreano para aumentar o poder de defesa do país. Os equipamentos, que podem viajar em velocidades supersônicas, são guiados e projetados para liberar uma ogiva em longas distâncias com alta precisão, provocando grandes explosões.

A expansão do arsenal da Coreia do Norte acontece em meio a tensões com a Coreia do Sul, que aumentaram após Pyongyang fechar as agências dedicadas à reunificação dos países e declarar Seul como “principal inimigo”. Para mostrar o poder militar, o país já fez seis testes balísticos, incluindo mísseis hipersônicos e drones para ataques subaquáticos.

Na última sexta-feira (9), o líder norte-coreano, Kim Jong-un, reiterou que não hesitará “em destruir” o país vizinho em caso de ataque ou violação territorial. O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, por sua vez, pediu às Forças Armadas para que, em caso de provocação de Pyongyang, “atuassem primeiro e apresentassem relatórios depois”.

Os testes balísticos da Coreia do Norte são condenados por líderes dos Estados Unidos e Japão, que, em 2022, fizeram uma aliança com a Coreia do Sul. Ambos os países responderam às ações de Pyongyang reforçando os exércitos e articulando operações para um possível conflito. Eles prometeram uma resposta “sem precedentes” caso Kim Jong-un realizasse um novo teste nuclear.

 

Por Camila Stucaluc/SBT News
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