A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, na quarta-feira (14), para receber a denúncia contra sete ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal por omissão nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. O julgamento ocorre em sessão virtual, ou seja, sem debate entre os ministros, até o dia 20 de fevereiro.
Todas as acusações foram apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Além de omissão na invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, os ex-policiais, hoje presos preventivamente, são acusados de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
São julgados:
- Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral;
- Klepter Rosa Gonçalves, subcomandante-geral;
- Jorge Eduardo Naime, coronel;
- Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, coronel;
- Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, coronel;
- Flávio Silvestre de Alencar, major;
- Rafael Pereira Martins, tenente.
Caso a denúncia seja aceita, os acusados passarão à condição de réus e será aberta uma ação penal contra eles. Até o momento votaram a favor de aceitar a denúncia contra o grupo os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. O ministro Luiz Fux, por sua vez, ainda não apresentou o voto.
No voto, Moraes afirmou que os denunciados se omitiram e aderiram aos “propósitos golpistas da horda antidemocrática” que atentou contra a democracia. “A denúncia descreve, de maneira suficiente, as ‘falhas operacionais’ deliberadamente deixadas pelos denunciados e que permitiram aos golpistas a tomada dos prédios dos Três Poderes.”
Por Camila Stucaluc/SBT News
Foto: Reprodução
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