O chefe do Ministério da Saúde denunciou que Israel pretende livrar-se de todos os trabalhadores e pacientes do hospital da cidade de Khan Younis.
A médica Mai al-Kaila, ministra da Saúde do governo da Faixa de Gaza (liderado pelo Hamas) afirmou neste sábado (17) que o Complexo Médico Nasser está sofrendo com “ações típicas de um genocídio”, cometidas pelo exército israelense.
Segundo a autoridade sanitária palestina, as Forças Armadas de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) têm realizado bombardeios e ataques terrestres nas imediações do hospital, localizado na cidade de Khan Younis, no sul do território palestino. No caso dos ataques terrestres, também foram reportadas ações dentro das instalações hospitalares.
Al-Kaila afirma que as operações promovidas pelos militares de Israel têm resultado em um grande número de vítimas, entre pacientes e pessoal médico do local.
Em declaração à emissora Al Jazeera, do Catar, a ministra palestina afirmou que “Israel pretende destruir o Hospital Nasser e livrar-se de todos os profissionais de saúde e pacientes dentro do complexo médico, e estão usando todos os métodos à sua disposição para cometer esses crimes”.
Segundo o canal catari, o Complexo Médico Nasser é um dos mais importantes centros de atendimento médico no território da Faixa de Gaza.
Por sua parte, as autoridades de Israel alegam que as ações acontecem devido a que teriam sido detectadas atividades de terroristas dentro do hospital na última quinta-feira (15).
O argumento já foi utilizado outras vezes por Tel Aviv, após ataques israelenses contra instalações hospitalares, também resultando em vítimas fatais, e contestado por alguns meios de comunicação, como o Washington Post.
“As tropas continuam vasculhando a área de Khan Younis e, até agora, detiveram mais de 100 pessoas suspeitas de atividades terroristas, algumas delas dentro do hospital Nasser”, afirma um comunicado militar israelense.
Fonte: Opera Mundi
Foto: The New Humanitarian
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